Quanta emoção sinto em viajar pela Bahia! Sinto-me ainda mais baiana e ainda mais orgulhosa dessa terra, da sua gente e belezas naturais. A Baía de Camamu é preciosa. O que faz dela tão especial é que seu ecossistema permaneceu praticamente intacto, sem poluição, sem exploração comercial e cujos habitantes continuam morando de forma a ter pouco impacto no meio ambiente. As águas da baía é a única fonte de alimento e o único modo de transporte de muita gente com suas canoas antigas feito de uma árvore só.
Para realmente conhecer a grandiosidade, biodiversidade e a maravilha ecológica da Baía de Camamu, é preciso (de preferência) uma lancha para explorar o labirinto de rios, canais e ilhas, principalmente na sua parte sul. A paz que você sente em estar num lugar que só o tempo esculpiu é demais. Quanta beleza, simplicidade e riqueza!
Segundo registros, a Baía de Camamu é possivelmente a maior extensão de manguezal não desenvolvida do mundo. Enquanto a criação de camarão devastou a maior parte dos manguezais costeiros no resto do planeta, essa região permaneceu intocada por interesses comerciais por causa do seu acesso difícil. Felizmente, o Brasil designou a maior parte dessa região como uma Área de Preservação Ambiental antes que qualquer devastação de grande escala pudesse ocorrer.
– Alguns atrativos da Baía de Camamu:
– Ilha da Pedra Furada
Essa ilha é uma propriedade particular e é preciso pagar R$5 para entrar (tentei apurar mais infos sobre isso mas sem sucesso). A ilha fica sobre um rochedo e possui várias grutas e buracos nas rochas que foram escavados pela força das águas. A mais pitoresca é a Gruta da Vagina, por onde os visitantes são quase obrigados a passar (reverencie antes de entrar!). Pela similaridade, é um momento curioso do passeio.
Na ilha há também uma pequena lojinha e banheiro. Quem desejar ficar apenas na praia, não precisa pagar a taxa.
– Ilha do Campinho
Tem um banho de mar espetacular, com algas calmas e limpas e onde existem as ruínas de um antigo porto que deveria ter sido construído na década de 70 para escoar produtos do Centro Oeste do Brasil. Esse foi um projeto da época do “milagre econômico”, mas não chegou a ser concluído. Com o fim do “milagre”, o projeto foi abortado e as ruínas ainda estão por lá.
– Ilha do Sapinho
Parada ideal para o almoço. Existem vários restaurantes em frente ao mar e é o local onde as lanchas e escunas usam como ponto de apoio para almoço. Não lembro o nome do restaurante que fui mas a comida foi divina e barata. Vale muito a parada aqui.
– Ilha do Goió
Ilha com areia fina, branquinha e mar de águas cristalinas. Praticamente deserta, seu visual é espetacular. Vale caminhar um pouquinho pro o lado direito para ter a sensação da ilha só para você!
– Cachoeira de Tremembé
Essa cachoeira merece um post especial. Que lugar! A cachoeira tem 30 metros de largura e 5 metros de altura, é um lugar simplesmente mágico.
Outras ilhas da Baía de Camamu são a Ilha do Ámbar (antigo quilombo), Ilha das Flores, Ilha do Contrato, Ilha da Coroa Vermelha, Ilha Grande, que é a maior ilha da baía, com cerca de 4 km², e a mais povoada, com aproximadamente 1.500 habitantes. Ela possui um porto e várias praias com águas calmas e limpas. Na ponta norte da ilha, a Prainha oferece um cenário cinematográfico! Linda demais! Nesta ilha não existe automóvel. Ela possui casas residenciais e algumas pousadas.
Lembrando que só é possível chegar a esses lugares de barco, escuna ou lancha. Saem passeios diários de Camamu, Barra Grande e em Itacaré. Os preços variam de acordo com o ponto de partida, número de ilhas visitadas e transporte escolhido.
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