Geralmente, qual o ciclo de uma obra pública no Brasil? A obra é feita com valores bastante vultosos; os resultados não são analisados; não há qualquer manutenção; a coisa vai se deteriorando até chegar ao intolerável; a população sofre anos com as consequências desse descaso; e o ciclo se repete quando uma nova reforma milionária é anunciada.
Já fizemos aqui diversos posts sobre as calçadas do Comércio, porta de entrada de Salvador pelo mar, bairro tão importante na formação da história brasileira, para o soteropolitano e turistas. Há anos amargávamos calçadas completamente destruídas, em alguns lugares era preciso andar pela rua. Em 2018, foi anunciada a reforma “Pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador”, ao custo de R$124 milhões (fonte: Conder-BA). Imaginávamos que, enfim, o Comércio e adjacências teriam as calçadas que mereciam. A obra, alongada e desintegrada (uma completa precarização de tudo) terminou há +/- seis meses e o resultado entregue foi pífio, vergonhoso. Todas as antigas pedras portuguesas foram retiradas para colocar placas de cimento grosseiro com brita, muitas delas desniveladas, que já estão com buracos. Na Av. da França e em todo o ponto de ônibus foram colocados tijolinhos de cimento, outro material de ruim qualidade, que não promovem uma superfície plana e estabilidade, especialmente, para quem tem dificuldade de locomoção ou usa salto. Na Calçada, só concreto e buracos a cada dois metros para “implantar árvores” que, já sabemos, não serão.
É até difícil avaliar o que é menos pior: as quebradas calçadas com pedras portuguesas ou as novas extremamente grosseiras, não planas, que com pouco tempo ficam ainda mais escuras, sujas e feias. Em verdade, não sabemos quem começou com essa maldição em Salvador, esse tipo de calçada deplorável, horrível para qualquer pessoa andar, especialmente, os cadeirantes (sozinho, eles não conseguem).
E aqui não estamos pedindo pedras portuguesas numa área histórica, o que, inclusive, deveria ter. Apenas calçadas simples, com pedras lisas e resistentes. É muito triste constatar que, se gente não tem empatia, competência para fazer uma mera calçada decente no Centro Histórico de Salvador, o que mais conseguiremos fazer?
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