Carnaval de Salvador

Carnaval de Salvador, uma breve reflexão | Pensar Salvador

As águas de março já estão quase fechando o verão, a quarta-feira de cinzas foi ontem e ainda é tempo de fazer uma pequena reflexão sobre o carnaval, essa grande entidade local. O carnaval de Salvador há muito passa por alguns colapsos e urge tantos necessários arranjos que ter tido ou não ter tido carnaval esse ano parece ser uma questão menor. Precisamos pensar, caminhar cada vez mais para um carnaval de rua cultural, popular, barato, com menos intervenções e, principalmente, financiamento estatal em cachês milionários a artistas consagrados da terra e, o pior, de fora. Dar os merecidos lugares de destaque aos grupos afro. Após uma natural evolução da sociedade e o xeque (necessário, sim) do modelo e hegemonia dos blocos de corda e o fim do boom da axé music, em que artistas e empresários assumiam o risco do seu próprio negócio com os blocos, não nos parece o melhor caminho os poderes estatais locais suprirem integralmente essa “lacuna” e ainda competindo entre si. Em 2019, nós pontuamos aqui sobre isso. Foi perceptível uma certa “disputa” nas marcas garrafais nos trios, o destaque para o patrocínio público de grandes artistas nacionais do momento, como por ex, a Anitta. E o carnaval numa única cidade teve inacreditáveis dois temas: “O mundo se une aqui” e “O mundo escolheu Salvador”, com cadeias de ações diferentes para uma mesma coisa, enquanto os esforços deveriam ser conjuntos em prol do fortalecimento do nosso carnaval, dos artistas e cultura local e nos desafios atuais e futuros de sustentabilidade, unicidade e sucesso dessa grande festa popular, empresarial e, principalmente estatal.

Foto em destaque: Santo Antônio Além do Carmo, meados de fevereiro/2022. Não era carnaval. Mas parecia. Porque o que faz carnaval é a espontaneidade. A liberdade. A simplicidade. Quem faz o carnaval é povo na rua. Os músicos, grupos, artistas locais. Em diversos locais. Celebrando sua cultura, a música local. São os artistas famosos ou não tanto da terra. Não é Anitta cantando “Faraó”. Nem Alok tocando música eletrônica. Nem Pablo Vittar rebolando em cima do trio.

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