Assim como a Lavagem do Bonfim, esta foi a nossa primeira vez na Festa de Iemanjá e aí vão as nossas impressões da festa.
Primeiramente, é bom registrar que, nas festas de largo, as igrejas católicas ficam fechadas. Foi assim no Bonfim, mesmo o pároco fazendo o acolhimento da procissão e foi assim hoje na Igreja de Sant’Ana no Rio Vermelho. Diferentemente da Lavagem do Bonfim, não há um cunho religioso católico na Festa de Iemanjá, mas um cunho espiritual, que transcende uma religião, ah, esse tem demais!

Como funciona o dia da Festa de Iemanjá?
Tudo gira em torno dos fiéis que levam suas oferendas (em especial, flores) à Iemanjá. Há aqueles que descem à praia e lançam diretamente na água do mar e há aqueles que enfrentam um fila gigante para colocar as oferendas nos chamados balaios dos fiéis, os quais são lançados ao mar na parte da tarde. A fila pra isso hoje tinha +/- 1,5 km e foi admirável ver a fé e perseverança de tanta gente em enfrentá-la sob um sol escaldante.

Talvez ao final dessa penosa fila esteja o coração dessa gigante manifestação. A emoção foi grande ao ver a enorme quantidade de balaios de flores (disseram ser mais de 400) e o presente principal para Iemanjá, que este ano foi uma gigante estrela do mar.


Segundo me relataram, é a própria Rainha do Mar que a cada ano escolhe o seu presente e esta revelação vem/veio através da Mãe de Santo Jaciara de Itinga. Ela estava lá com sua equipe organizado e conduzindo todo esse ritual de entrega das flores e benção com bastante alfazema, ao som de tambores e atabaques. Cenas e momentos raros, bonitos e cheios de significados. E bem marcantes pra mim!
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No Rio Vermelho não há um fluxo único como no Bonfim e nem uma estrutura mais organizada de música. Mas isso não interfere para quem vai curtir a rua, as pessoas, a vibe. Qualquer bandinha, DJ em algum bar, um triozinho amador ou um carrinho de cafezinho com um som alto já fazem um estrago e a festa de muita gente! De ponta a ponta, o Rio Vermelho estava assim: grupos confraternizando e curtindo em volta dessas estruturas.
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Por acontecer em um único local, a infraestrutura da festa saltou aos olhos. Ambulantes padronizados, bastante barracas, cadeiras e camelôs. De guias, estátuas de Iemanjá e banhos de pipoca e folhas, tinha todo tipo de oferta e serviço.


A festa dura o dia inteiro e muita gente aproveita também para curtir festas particulares em sacadas, varandas. Nós também conhecemos esse outro lado na festa “O Despertar de Iemanjá” no Armazém de Época, a convite da cervejaria Itaipava e do Produtor de Eventos Vlady Alves.
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Mais uma vez, foi maravilhoso ver turistas estrangeiros, famosos e tantos baianos nas ruas de Salvador, independente do que cada um foi ali buscar ou fazer!
Hoje eu senti a grandiosidade da Bahia dentro e fora de mim e passei a ver o Rio Vermelho com outros olhos. Agora, com olhos coloridos pelas milhares de flores e rosas que vi hoje por todos os lugares e que não saem da minha cabeça! Rio Vermelho, Salvador, eu (agora, ainda mais) vejo flores em você!???
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