Forró de Caraíva, um dos mais autênticos forró da Bahia

Esse post já estava aqui na fila, mas eis que ontem (09/12/21), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou o forró como patrimônio imaterial brasileiro e a gente queria registrar que o forró na Bahia não se resume àquelas festas grandes de São João pelos interiores baianos, com shows de artistas consagrados cantando sertanejo, arrocha, axé e afins e quase nada de forró, pagos, ainda por cima, com dinheiro público.

Forró mesmo, de verdade, raiz, na Bahia, está acontecendo em algumas festas simples e isoladas, pelo sul da Bahia, especialmente, em Caraíva. Forró em que o povo dança de verdade. De cabo a rabo. Homens e mulheres que dançam descalços. Que chamam, que dançam uns com os outros. Que pouco importa quem você seja, de onde você é, o que você está usando, qual idade você tem. Que é forró pé de serra, é forró local, é forró baiano, é forró nordestino, é forró dançante mas nada performático. Com bandas tocando um forró que você nem faz ideia da letra. Com uma estrela maior na pista, Duca. O Forró do Ouriço. O Forró do Pelé. 💙

Em tempo: De acordo com o @iphangovbr, o forró é considerado um supergênero por agrupar ritmos e expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.