Quem já conferiu de perto essa bela estátua do poeta Gregório de Matos e a declamação de sua poesia na voz desse outro baiano que também nos enche de orgulho, o ator Jackson Costa?! Ao lado do Cine Glauber Rocha, em plena Praça Castro Alves, essa é uma das coisas que enche nosso coração de alegria ao ver que uma ação tão simples pode trazer uma valorização tão grandiosa da nossa história e cultura.
Um pouco sobre Gregório de Matos
Chamado de “Boca do Inferno” ou “Boca de Brasa” porque saíam de sua boca tanto a obscenidade quanto os pecados da humanidade, historicamente, Gregório de Matos é considerado o fundador da literatura brasileira, seu maior satírico, seu primeiro grande poeta e humorista. Nascido em Salvador em 1636, Gregório estudou humanidades no Colégio dos Jesuítas, na Bahia e formou-se em direito pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Juiz estabelecido em Lisboa, Gregório de Matos teria caído em desgraça por fazer versos satíricos sobre a corte portuguesa.
Em 1683, ao voltar à Bahia, às vezes, era advogado dos pobres, sem cobrar nada. Trocou os cargos recebidos do arcebispo pela vida boêmia, cantando versos ao som da viola. Na época colonial, a imprensa era proibida no Brasil, assim seus poemas passavam de mão em mão através de manuscritos.
A poesia de Gregório de Matos, cheia de humor, manifestava sentimentos populares de resistência aos exploradores, aos hipócritas e aproveitadores. Por isso, escandalizava e desagradava aos poderosos. Em 1685, Gregório foi denunciado à Inquisição. Em 1694, foi ameaçado de morte pelos filhos do governador, que o exilou em Angola. Em 1695, permitiram-lhe viver em Recife, onde morreu vítima da febre contraída na África.
Com estilo libertário e crítico, criou poesia lírica (amorosa, retomando o estilo do Renascimento), satírica, graciosa, religiosa e erótica, onde expõe sem nenhum pudor a sociedade da época, os pecados mortais, como a luxúria, a gula, a corrupção, sempre com a ideia de sarcasmo. E era também barroco (seu texto era cheio de adornos e preciosidades, contradições e ambiguidades), unindo o sagrado e o profano, “carnavalizando” a poética brasileira.
Fonte: Britannica Escola e Jornal/USP.
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