Museu do Louvre

Museu do Louvre: Um roteiro por algumas de suas obras-primas

O Museu do Louvre é o maior e mais famoso museu de arte do mundo. Localizado em Paris, o Louvre abrange mais de 60.600 metros quadrados e inclui cerca de 35.000 (!) obras de arte individuais. Já li em algum lugar que, se uma pessoa ficasse um minuto contemplando cada uma de suas obras, ela levaria seis semanas para concluir. 

A magnitude do Louvre muitas vezes sobrecarrega os visitantes, que se sentem nervosos com a visita simplesmente porque têm medo de não conseguir encontrar a obra de arte que querem ver ou não ter tempo suficiente para ver tudo.

Museu do Louvre

Já sabendo que a gente nunca poderá ver todas as 35.000 obras de arte individuais em um único dia, o ideal é que você veja algumas das grandes obras-primas do Louvre, como a Mona Lisa, a Vênus de Milo, o Código de Hamurabi, por ex, em uma única viagem e outras obras da sua preferência ou alguns períodos artísticos favoritos com um pouco mais de detalhes.

Não importa se você está em busca de uma obra de arte em particular ou apenas admirando o que acontece enquanto perambula, o Louvre é um museu tão bonito… Os tetos pintados e dourados, grandes escadarias e galerias são cheias de surpresas. 

Museu do Louvre

Como eu falei no post sobre Versalhes, não dá pra fazer ou ver tudo que a gente quer numa viagem, sempre algo vai ficar faltando algo ou muitas coisas, a depender do ponto de vista, rs. O mais acertado é, num primeiro momento (ou ida), focar no que faça mais a nossa cabeça e contemplar mais superficialmente outras. Eu levei quase um dia inteiro no Louvre e meu foco maior foram a Mona Lisa, a Vênus de Milo, os aposentos de Napoleão e o Louvre antigo.

Um sonho de história chamado Museu do Louvre

Visitar o Museu do Louvre é um sonho para muitas pessoas que viajam à Paris e comigo não foi diferente. Nada, pra mim, em Paris era mais importante que o Louvre. Foi o primeiro lugar que eu visitei e, não importa quantas vezes eu voltar à Paris, vai ser um lugar que eu vou voltar e me emocionar. Um dia, um final de semana, uma semana… cada um descobre o Louvre ao seu ritmo e em função dos seus desejos!

As mais de trinta e cinco mil obras são apresentadas ao público em três grandes alas Sully, Denon e Richelieu, numa verdadeira e autêntica enciclopédia que abarca cerca de dez mil anos de criação, de 8.000 a.C. a 1848, oferecendo um panorama incomparável das artes e das civilizações.

As coleções do Louvre são apresentadas ao público através dos seguintes departamentos:

  • Antiguidades Orientais – O setor, instituído em 1881, apresenta numerosas peças e compreende toda a vasta zona que vai desde o Bósforo até o Golfo Pérsico.
  • Antiguidades egípcias – De reconhecida celebridade universal, este departamento foi fundado por Jean-François Champollion, o decifrador dos jeroglíficos. Continuamente enriquecido com aquisições e doações, o setor egípcio do Louvre oferece uma ampla documentação sobre a civilização que se desenvolveu ao longo do Nilo, desde os seus alvores até os períodos ptolemaico, romano e bizantino.
  • Antiguidades gregas, etruscas e romanas – Também esta seção do museu, tal como a egípcia, oferece um extraordinário panorama de testemunhos artísticos, que abrange desde a idade arcaica até o final do Império Romano.
  • Artes do Islão – As artes do Islão passaram a ter as suas próprias salas, podendo assim acolher as obras provenientes do Egito, da Índia mongol, da Turquia otomana, da Andaluzia medieval e da África do Norte.
  • Coleções de Pintura – A primeira coleção de pinturas do mundo foi começada aqui pelo rei Francisco I (1515-1547).
  • Esculturas – No que se refere à escultura, pode-se afirmar que hoje o Louvre oferece o panorama mais completo da história da escultura desde as suas origens até quase os nossos dias.
  • Objetos de Arte – Este é um setor de excepcional importância, não só desde o ponto de vista artístico, mas também histórico. Nele há todo tipo de objetos: móveis, tapetes, joias, bronzes, miniaturas, porcelanas, etc.

Explorando o Museu do Louvre

Se você está pronto para explorar o gigante Louvre por conta própria, saiba que ele tem três asas em forma de U ao redor da entrada da pirâmide, que são as alas que falei acima: Denon, Sully e Richelieu e há quatro andares para todas elas: térreo (também chamado de Rés-do-chão), térreo alto, primeiro andar e segundo andar. Cada andar está dividido da seguinte forma:

  • Rés-do-chão alto: Artes do Islão, Esculturas, Antiguidades Egípcias, Antiguidades gregas, etruscas e romanas e História do Louvre medieval.
  • Rés-do-chão: Esculturas, Antiguidades orientais, Antiguidades Egípcias, Antiguidades gregas, etruscas e romanas e Artes da África, da Ásia, da Oceania e das Américas.
  • 1º Andar: Objetos de Arte, Antiguidades Egípcias, Antiguidades gregas, etruscas e romanas, Pinturas e Artes gráficas.
  • 2º Andar: Pintura francesa, Pinturas das escolas do Norte e Artes gráficas.

Entrando no Louvre tanto pela entrada principal, pela pirâmide, em cima, como pelo Carroussel (embaixo), elas darão no lobby principal do museu, que é o acesso central a todas as diferentes áreas do Louvre. A partir daí, você já pode iniciar a visitação.

Museu do Louvre

Esculturas

Eu amo esculturas de todos os períodos e passei bastante tempo explorando as galerias do andar térreo. O departamento de Esculturas (ala Richelieu, pátios Puget e Marly), oferece um panorama único da escultura francesa, da Idade Média até o séc. XIX. A coleção é dividida em vários grupos: esculturas provenientes de igrejas parisienses que foram preservadas durante a Revolução, oriundas das residências e dos jardins reais de Versalhes, Fontainebleau, Marly, Louveciennes.

Museu do LouvreMuseu do Louvre

A grande escultura civil não fica esquecida. As obras de recepção constituem um dos aspectos mais interessantes desse acervo. A maioria dos escultores franceses figuram aqui com uma obra essencial da sua carreira. Esse departamento também testemunha as ligações privilegiadas com a Itália.

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Grande Salão dos Aposentos de Napoleão III

Ainda na ala Richelieu, segui para o apartamento de Napoleão. Ao contrário do que muita gente pensa, os aposentos não se referem a Napoleão Bonaparte, mas ao seu sobrinho, Napoleão III, Presidente e, posteriormente, Imperador da França. 

Os apartamentos são uma verdadeira imagem de luxo, no sentido mais alto da palavra e a mais profunda ostentação de riqueza da época áurea da monarquia francesa. É algo realmente impressionante para se apreciar e, não sei porque tudo estava mais concentrado, pareceu-me mais pomposo que o interior do Palácio de Versalhes, guardadas as devidas proporções, lógico.

Os aposentos de Napoleão - Louvre

Um aperitivo dos aposentos de Napoleão…

É muito interessante a visita pelos ambientes da sala de estar, sala de jantar e outros cômodos… tudo é absolutamente fascinante: os lustres, tapetes, móveis, quadros, a decoração suntuosa, o dourado  (ou ouro?) presente por todos os lados… como pode haver tanto luxo e riqueza?

Os aposentos de Napoleão - Louvre Os aposentos de Napoleão - Louvre Os aposentos de Napoleão - Louvre Os aposentos de Napoleão - Louvre

O Grande Salão dos Aposentos de Napoleão III não é considerado uma das obras-primas do Louvre, mas diferentemente do restante desse magnífico museu, constituem um conjunto belo de ser apreciado independentemente do gosto de cada um. É deveras impactante e interessante observar a ambientação e a manifestação do luxo e requinte vivido naquela época de forma tão próxima e intimista. Você se sente transportado para aquela época. 

Objetos de arte

Se você gosta de arte decorativa, então não vai querer deixar de visitar as galerias no primeiro andar da ala Richelieu. As coleções de tapeçarias, cerâmicas, móveis, joias e outros objetos de arte são os melhores do mundo. O departamento dos Objetos de Arte reúne todo o tipo de técnicas: tapeçaria, cerâmica, ourivesaria, mas também marchetaria, relojoaria, joalheria e escultura.

Museu do Louvre

No canto superior direito, trata-se do Diadema da Imperatriz Eugénia (212 pérolas, 1.998 diamantes, prata forrada de ouro). Vendido em 1887 com os Diamantes da Coroa, este diadema pertencia a um conjunto de joias encomendados por Napoleão III para a imperatriz Eugenia pouco depois do seu casamento. Ironia da história, o joalheiro Lemonnier reutilizou pérolas e diamantes provenientes de um conjunto de joias fabricado para Maria Luísa, esposa de Napoleão I.

Coleções de Pintura

Com mais de 6.000 pinturas do fim do séc. XIII até meados dos séc. XIX, a escola francesa ocupa um lugar de destaque, com cerca de dois terços das coleções, seguida das escolas italianas e flamengas.

Museu do LouvreMuseu do Louvre Museu do Louvre

Mesmo se você tiver pouco tempo para visitar o Louvre, certamente você irá querer ver a famosa – e originalíssima – Mona Lisa de Leonardo da Vinci. A galeria é enorme, tem muita gente e provavelmente você terá que ter muita paciência para ver e fotografar de perto. Irei escrever algumas das pinturas que achei as mais interessantes.

Museu do Louvre - Monalisa

É difícil ficar bem na frente da Gioconda!

Museu do Louvre

Olha ela pequenininha lááá na frente

Mona Lisa – A Gioconda

Sobre o quadro mais famoso do mundo, tem-se dito e escrito de tudo e não está perto de perder o seu mistério. Esta doce figura de mulher foi eleita como símbolo estético, filosófico e publicitário até a desmistificação do dadaístas e dos surrealistas. O modelo (provável) do retrato é conhecido: trata-se duma jovem dama florentina, Mona Lisa, que em 1495 casou-se com um rico comerciante de sedas, Francesco do Giocondo, recebendo a partir de então o nome de “A Gioconda”.

Museu do Louvre - Monalisa

A execução da obra se colocaria entre 1503 e 1505, no segundo período florentino de Leonardo da Vinci (1503-1506). Da Vinci amou muitíssimo este retrato, até o ponto de levá-lo sempre consigo incluso quando se trasladou à França, onde foi vendido a Francisco I pelo seu mesmo autor ou talvez por Melzi. Admirado e copiado desde sempre como protótipo da retratística do Renascimento, cobrou ainda maior fama quando em 1911 foi roubado do Louvre por um pintor de brocha italiano, Vincenzo Peruggia. 0 quadro foi achado num hotel da Florença dois anos mais tarde.

Museu do Louvre - Monalisa

A obra está impregnada duma infinita doçura: para lograr esse altíssimo resultado Leonardo serviu-se também do sfumato, termo utilizado para descrever a gradação de tons ou cores tão sutilmente que se fundem uns com outros sem transições perceptíveis.

A verdade é que o tamanho da Mona Lisa frusta um pouco porque você meio que espera que ela fosse um pouco maior, principalmente quando você a compara às outras pinturas do museu, bem maiores. Além da proteção blindada, ainda é preciso manter uma certa distância dela, o que acho que só faz aumentar o enigma em torno dessa obra-prima. Mas olha, dá uma coisa mesmo chegar tão pertinho assim, rs.

As Bodas de Caná

Neste quadro gigantesco – o maior do museu -, a cena bíblica é transposta num magnífico palácio de Veneza, no interior do qual é dado um sumptuoso banquete. Em redor de Cristo e da Virgem, no centro do quadro, o artista espalhou uma multidão de personagens envergando as vestes da sua época. E também se representou, com seus amigos Ticiano, Tintoretto, Bassano e Palladio, no grupo de músicos em primeiro plano. Autor: Paolo Calliari (1562-1563).

Museu do Louvre

A Sagração do Imperador Napoleão I

A cerimônia de coroação ocorreu em 2 de dezembro de 1804 em Notre-Dame de Paris. Inicialmente, o pintor representou Napoleão a coroar-se ele próprio, tal como aconteceu na realidade. Todavia, como o gesto foi considerado demasiado provocante, optou por transpor o momento em que o Imperador coroa Josefina, sob o olhar (crítico) do Papa Pio VII que dá a sua benção, além de mais de outras cem figuras.

Museu do Louvre

A Sagração é um quadro fascinante da história contemporânea e uma gigantesca galeria de retratos. O Imperador ficou satisfeito e com a obra concluída terá dito: “não é pintura, pois podemos andar neste quadro”.  Pior que é verdade, quadro incrível!

Museu do Louvre

Olha a quantidade de gente apreciando essa pintura…

Antiguidades Gregas

Vênus de Milo

Vênus de Milo é outra obra muito popular e procurada no Louvre. Descoberta em 1820 por um camponês, na ilha de Milo nas Cíclades, esta estátua é considerada como o protótipo da beleza feminina grega. Admirada, copiada, citada, subvertida, a Vênus de Milo tem fascinado o público, desde a sua entrada no Louvre em 1821. Célebre no mundo inteiro, a mulher sem braços é no entanto mal conhecida e poderia até ser rebatizada e nomeada corretamente com o seu nome grego, “Afrodite de Melos”

Venus de Milo - Louvre

Existem muitas estátuas da antiguidade tão misteriosamente fragmentares, mas nenhuma delas suscitou tanta especulação. Mais do que o rosto, executado disciplinadamente segundo o cânone clássico, a carne palpitante revelada sob o cinzel do escultor sempre exerceu uma discreta sedução. A deusa parece ter sido retratada no momento em que a sua roupa começa a escorregar, sem por isso esboçar, qualquer gesto de pudor. O escultor estabelece um jogo sutil entre o que é mostrado e o que é (ainda) dissimulado. Orientada segundo várias linhas diagonais divergentes, a estátua convida o espectador a continuar o jogo, rodando progressivamente à sua volta. 

Para as obras mais famosas do Louvre, haverá placas informando a direção delas e também uma pequena multidão aglomerada em volta, o que já denuncia alguma coisa mais especial, rs. Não é tão difícil achá-las, mas é preciso andar e rodar bastante por suas galerias. O Museu do Louvre é gigante e mais e mais obras raras e especiais vão se descortinando à sua frente.

Museu do LouvreMuseu do LouvreMuseu do Louvre

Hermafrodito Adormecido

Fruto dos amores de Hermes e Afrodite, Hermafrodito era um jovem de rara beleza, cobiçado pela ninfa Salmacis que pediu a Zeus que os unisse para sempre. O mito inspirou ao escultor uma obra de uma sensualidade provocante e habilmente ambígua. O duplo ponto de vista necessário para compreender a obra parece fazer eco à natureza dupla de Hermafrodito. Da mesma forma, o prosaísmo do sexo masculino (veja a obra de frente, não tirei foto) vem transtornar a beleza idealizada do corpo feminino.

Museu do Louvre

Nota: Obra romana de época imperial, séc. II d.C., mármore grego (Hermafrodito) e mármore de Carrara. Descoberto em Roma perto das termas de Diocleciano.

Antiguidades Egípcias – A Grande Esfinge

Esta esfinge agradou tanto aos reis da 12ª e 22ª dinastias que foram vários a mandar gravar sucessivamente nela o seu nome. É muito provável que esta esfinge tenha sido esculpida na 4ª dinastia, tal como a famosa Esfinge de Gizé, com a qual partilha várias características, como a expressão de uma autoridade tão plácida como implacável. Sobretudo, a posição do monumento de Gizé face ao sol nascente evoca uma simbologia solar, pois pela sua natureza dupla – leão e homem – a esfinge manifesta a união entre o monarca e Rá, do qual retira o seu poder protetor. (Império Antigo, c.2600 a.C., Tanis, granito, 9,5 toneladas).

Antiguidades Egípcias - Louvre

O Louvre Medieval

Essa parte do Museu do Louvre é muito interessante! É possível ver algumas porções do Louvre medieval no seu subsolo e conhecer um pouco dos primórdios do museu.

Louvre medieval - Museu do Louvre

O “Castelo do Louvre” foi fundado pelo rei Filipe Augusto II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. Na junção do Rio Sena na margem direita, mandou que fizesse uma muralha mais forte porque por ali a cidade estaria mais vulnerável. Essa foi a origem do Louvre

No século XIV, o rei Carlos V mandou construir um novo muro e, desta vez, a fortaleza ficou dentro da cidade, perdendo assim, a sua função de defesa e, assim, foi sendo transformado inúmeros vezes até chegar à arquitetura atual. Na década de 1980, escavações descobriram parte essa parte da fortaleza original do Rei Filipe Augusto (Phillipe Auguste).

Louvre medieval - Museu do Louvre Louvre medieval - Museu do Louvre Louvre medieval - Museu do Louvre

O Carrossel do Louvre

Se os seus pés ainda tiverem fôlego, ainda vale a passada para conhecer o o shopping subterrâneo Carrousel du Louvre. Dá para acreditar que debaixo do Louvre ainda tem um shopping? Eu não fazia ideia disso e quando eu vi, fiquei de boca acerta. O Carrousel é uma área comercial muito boa, popular entre os parisienses e visitantes, e é o lar de muitas lojas elegantes e de uma praça de alimentação com opções gourmet.

Museu do Louvre

Olha essa bolsinha na Printemps!

Mas na verdade, o melhooor do Carrossel do Louvre é que nele que você encontrará a famosa pirâmide invertida do Louvre. Lembra da pirâmide de vidro na entrada do Louvre? Pois então, é aqui que você encontrará o seu fundo – a Pyramide Inversée.

É demais! Eu realmente delirei nesse momento, um pouco culpa do livro O Código Da Vinci, de Dan Brown! Aliás, se você não leu esse livro, leia por favor, antes de visitar Paris, irá fazer muita diferença! Já viu que aqui também é um outro local bem popular para fotos, né?

Museu do Louvre - Pirâmide invertida

Confira nesse outro post Um guia prático do Museus Louvre, com todas as informações sobre acesso, bilhetes, valores, transportes, dias e horários, etc.

Você já foi ao Louvre? Quais são suas obras preferidas? Divide com a gente!

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