Em que pese a Bahia ser um terreno fértil à pluralidade e à diversidade do sincretismo religioso, tantas vezes já presenciamos gestos, comentários pejorativos, aludindo o candomblé a algo ruim. A intolerância religiosa, lamentavelmente, continua sendo uma realidade e uma de suas causas é a ignorância. Por isso, esse post tem só uma intenção: compartilhar um pouco da história dos orixás, inspirado, especialmente, na exposição Orixás da Bahia.
Reza a tradição que os deuses dos terreiros têm origem nos clãs africanos, divinizados há mais de 5 mil anos. A história que se conta é que eles foram inspirados em homens e mulheres capazes de intervir nas forças da natureza por meio de caça, plantio, uso de ervas na cura de doenças e fabricação de ferramentas. Os orixás têm características humanas, virtudes e defeitos: podem ser vaidosos, temperamentais, ciumentos, maternais. Os atributos, quase sempre, têm um paralelo com o meio ambiente.
“Orixás da Bahia” foi criada em 1973 por D. Elyette Magalhães, com 16 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel machê pelo artista plástico Alecy Azevedo (in memorian). O mais interessante dessa exposição é que as estátuas são representadas por mulheres negras do candomblé (não se sabe se mulheres reais ou inspirações), com exceção de Exu.
Alguns dos orixás representados na mostra Orixás da Bahia são:
Oxum: Cultuada nas águas dos rios e cachoeiras, é Senhora da Riqueza.
Oxóssi: O grande caçador de uma flecha só e que provê a fartura na terra.
Obá: Enérgica e audaz caçadora, alcança o título de guerreira incansável nas águas fortes e nos mistérios da terra.
Oxumaré: Arco-íris que representa as permanências e continuidades, o elo entre o céu e terra.
Omolu: Dono da Terra, no domínio entre o homem e o mundo rege o livramento das doenças.
Yemanjá: Divindade das infinitas águas que banham o mundo, ostenta a insígnia da maternidade universal.
Xangô: O centro do poder lhe confere a sagração de Rei da Justiça
Exu: Orixá da Comunicação e do Movimento, o Mensageiro.
A exposição é concisa e o cenário visa promover um diálogo entre elementos da ancestralidade e da contemporaneidade. Fica exposta até o dia 15/12/19, mas retorna em caráter permanente logo em janeiro de 2020. Confira mais fotos da mostra aqui.
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