Este mês e ano marcam os 150 anos de morte do poeta baiano Castro Alves, que faleceu quando tinha apenas 24 anos. O texto adaptado a seguir é de autoria de Joaci Goes.
“Castro Alves é considerado o maior poeta brasileiro de todos os tempos e o maior poeta da língua portuguesa e das Américas. E o mais inspirado, não apenas pela grandiloquência do estro hiperbólico, pela sensibilidade e beleza formal, como pela profundidade, amplitude e atualidade da sua exuberante e inconfundível poética. Nenhum poeta da língua portuguesa incorporou à sua poesia tanta erudição e nenhum pode rivalizar no ritmo alucinante, nem na riqueza vocabular dos seus versos.
Em sua poesia amorosa, Castro Alves valorizou a sensualidade e o erotismo, as paixões tórridas, a melancolia e não raro o tédio, ao tempo em que flertava com a morte, ora atraindo-a, ora a repudiando com veemência. Com Castro Alves, a poesia romântica no Brasil, a um só tempo, evoluiu, amadureceu, alcançou a plenitude e morreu.
A importância dele na vida brasileira vai além de sua literatura. Afirma-se, também, pela defesa que fez dos povos oprimidos, os judeus e os escravos. Vestiu os valores morais com a roupagem dos deuses, ao recorrer à linguagem olímpica, através de palavras como águia, falcão, condor, sol, céu, mar, estrelas, abismo, infinito, escravos, grilhões, ferros, aguilhões.
Seus temas centrais foram a libertação dos escravos e a defesa da República, que só seria proclamada após sua morte. Quem poderia rivalizar com ele na luta para extinguir a escravidão, na qual avultam os poemas Vozes África e Navio Negreiro?
Os assuntos mais sensíveis aos indivíduos e aos povos compuseram o objeto de seu processo criativo, com predominância do amor, liberdade, justiça, o saber. O poema “O hóspede” é considerado o mais sublime do lirismo português.
Para honrar gente como Castro Alves e Luís Gama, a construção do Museu da Libertação, na chácara Boa Vista, em Brotas, onde Castro Alves morou, é obra que um dia se imporá a governantes e cidadãos estadistas.”
Na foto em destaque, a casa em que Castro Alves faleceu em 06-07-1871 no bairro Dois de Julho.
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