Quem trabalha no Comércio sabe o quanto é um lugar crítico devido à escassez de vagas de estacionamento, especialmente na zona azul. De novembro a abril, na chamada “temporada de verão”, o Porto de Salvador recebe muitos navios e a situação fica ainda mais crítica, pois a Avenida Terminal da França fica tomada por vans e ônibus de turismo, polícia, a Transalvador, etc, diminuindo consideravelmente as poucas vagas existentes e mega disputadas.
Bem, esse post não é para falar dessa (falta) de vagas. Muito pelo contrário, é para ressaltar como é maravilhoso ver um, dois, até três gigantes navios atracados no Porto de Salvador. Vê-los chegando é um espetáculo indescritível, que só vi coisa semelhante em Veneza, na Itália. Vê-los atracado e incorporado ao visual do Comércio é algo deslumbrante e, por fim, ver dezenas de turistas se infiltrando naquelas ruas, com destino ao Mercado Modelo, Elevador Lacerda e Pelourinho, é algo que me traz tanta felicidade que, sinceramente, nem consigo externar.
O que me deixa muito triste é o que esses turistas brasileiros e estrangeiros, que certamente não voltarão novamente a Salvador por esta via, estão vendo logo ali no Comércio, um dos principais cartão postal e portão de entrada de Salvador.
O Pelourinho sempre foi e está maravilhoso para receber esses turistas e, de lá, quase todos saem com a melhor das impressões. O Comércio, que abriga o Porto de Salvador, não. Calçadas destruídas, ambulantes desordenados, acessibilidade que não existe, praças abandonadas, casarões em ruínas. A praça em frente ao Mercado Modelo carece de reforma e o trajeto até o Elevador Lacerda não é é dos mais legais.
O Comércio e arredores é uma região tão ou mais bonita que o Carmo e o Pelourinho e faz parte também do Centro Histórico de Salvador. É uma lástima que uma região tão maravilhosa e com imenso potencial seja tão desprezada para receber centenas de turistas. Eles (e nós!) não queremos um pedaço da cidade abandonado e parado no tempo. Queremos vidas, janelas e portas abertas. Queremos o colorido dos casarões do Pelô. Queremos as igrejas reformadas (uma já foi!). Queremos andar pelas calçadas sem olhar por onde se pisa. Queremos (por ora) só o básico.
Leia também nosso outro post: Precisamos falar sobre o Comércio
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