Praga: Desbravando o bairro de Malá Strana

Um pouco da história do bairro de Malá Strana

Ruas estreitas e jardins fazem parte do bairro de Malá Strana, o qual possui duas montanhas dominantes: a colina do castelo, com o Castelo de Praga, que faz fronteira com a cidade ao norte e o Monte Petrin, que forma o limite para o sul.

Os primeiros vestígios de assentamento em Malá Strana/Lesser Town/Cidade Pequena são encontrados na área da Ponte Lane e a Praça da Cidade Pequena e datam do primeiro milênio. Malá Strana foi estabelecido em 1257 por Premysl Otakar II, que o tinha fortificado e fechado por um muro. Sob a regra de Carlos IV, esta parte da cidade foi ampliada consideravelmente para o sul até o Monte Petrin e encerrado pelo Muro da Fome construído cerca de 1360, porque a Cidade Menor atuou como um perímetro estratégico para a defesa do Castelo, que foi devastado repetidamente durante as guerras hussitas.

Os lados em conflito destruíram deliberadamente os edifícios da área para que o inimigo não conseguisse encontrar cobertura aqui. Depois que os Hussites levaram o Castelo de Praga em 7 de julho de 1421, esta parte da cidade não era senão uma extensão de escombros. A cidadania dizimada só foi reconstruída e reparada as ruínas da Cidade Pequena muitos anos depois, quando o rei Vladislav Jagiello mudou o assento real de volta ao Castelo da Cidade Velha em 1484, posição estratégica da Cidade Menor. Mas a cidade colocou-o em perigo mais uma vez.

Os conflitos armados não foram os únicos para os residentes assediados temer. Na tarde de 2 de julho de 1541, um incêndio na Praça da Cidade Pequena rapidamente espalhou-se pelas áreas circundantes e logo se desenvolveu uma conflagração mais devastadora, queimando dois terços dos edifícios, bem como grandes partes de Praga, o que mudou completamente a aparência da Cidade Pequena.

As ruínas foram reconstruídas no estilo renascentista e mesmo os edifícios poupados pelo fogo foram remodelados no espírito da era. Sob o governo de Habsburgo, após a Batalha da Montanha Branca, muitas famílias protestantes e nobres tiveram que deixar a cidade; aristocratas católicos veio substituí-los e se instalou principalmente na vizinhança mediata do castelo imperial. Eles construíram mansões e palácios na Cidade Pequena.

Após a Guerra dos Trinta Anos, uma nova era havia começado, cujo novo arrendamento da vida se refletiu nas formas opulentas do barroco. Dezenas de edifícios e monumentos emergiram, e esse período moldou a aparência da Cidade Menor como nenhuma outra até hoje. A dominação católica começou a desmoronar e a nobreza perdeu sua supremacia para uma cidadania fortalecida que ganhou em influência e afluência no curso da industrialização.

A Cidade Pequena, no entanto, seguindo sua integração na união das quatro cidades de Praga em 1784, tornou-se um distrito bastante adormecido e sua magia silenciosa prevalece até hoje. Um labirinto de pequenas pistas, palácios vistosos, jardins perfumados e igrejas silenciosas: a Cidade Menor é a coração gentil de uma cidade movimentada.

Malá Strana vista do Castelo de Praga

Malá Strana vista do Castelo de Praga

O que fazer em Malá Strana?

Atravessando as duas torres que marcam o início e o fim da lotada Ponte Carlos (sentido Castelo de Praga), chega-se ao bairro ao bairro fabuloso de Malá Strana, com suas ruas estreitas, vielas, prédios medievais e belos jardins.

Para começar nossa listinha, duas igrejas importantes não podem deixar de ser visitadas: a Catedral de São Nicolau e a Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa.

1. Catedral de São Nicolau

A Catedral de São Nicolau possui uma impressionante cúpula e campanário de 79 metros de altura e fica no centro da Praça de Malá Strana ou Cidade Menor. Essa igreja é a mais alta criação barroca em Praga e foi construída entre 1673 e 1755, conforme painel do teto da nave, em uma área de 1.500 m² e é um dos maiores afrescos da Europa. Você pode subir até a torre do sino (são 215 degraus) e ter uma vista mais ampla do bairro. Tanto a visita à igreja quanto a subida à torre são pagos.

Infelizmente, não consegui entrar na igreja pois ela já estava fechada. Fique atento para chegar nela antes das 17h. Em seu interior, destacam-se a cúpula com imagens de Deus, o Pai, Cristo, anjos, apóstolos e, em cima do altar-mor, uma estátua dourada de São Nicolau cercada por anjos.

2. Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa

A Igreja Nossa Senhora Vitoriosa é conhecida por abrigar a estátua simbólica do Menino de Jesus de Praga. A lenda diz que um monge esculpiu a imagem do menino Jesus de Praga, logo depois que ele se revelou naquela forma. A imagem é realmente linda e fascinante! E não é difícil ter missas em português nesta igreja!

Menino Jesus de Praga

3. Muro de John Lennon (John Lennon Wall): uma parede que está constantemente pintada com trechos de músicas dos Beatles e mensagens de amor e paz, etc.

4. Museu Kampa e Kampa Park: nos museus são expostas obras de arte moderna e os famosos bebês gigantes de David Černý. O Parque Kampa fica na beira do rio e é uma boa opção para um passeio mais tranquilo.

5. Museu Kafka: O escritor Franz Kafka merecia uma homenagem à altura. No museu, é possível conferir algumas fotografias, livros, manuscritos e histórias do escritor, bem como as polêmicas estátuas fazendo xixi no chão.

6. Descansar no Parque Petrin e Parque Vojan

O que fazer em Praga O que fazer em Praga

7. Andar na menor rua do mundo: Essa ruazinha é um bequinho bem estreito que apenas uma pessoa consegue passar por vez e, por isso, há um semáforo para indicar quando você pode ou não passar.

Onde comer em Malá Strana?

Logo após a Ponte Carlos (sentido Malá Strana), virando a direita, fui a uma pizzaria bem pequenininha (não lembro o nome), localizada em um casarão beeem antigo, tudo era extremamente antigo, inclusive a decoração. Cara, eu entrei num túnel do tempo e me senti, assim, na Idade Média, sem brincadeira. A pizza não tava essas coisas toda, mas a experiência e sensações que eu tive nesse lugar eu jamais conseguirei esquecer.

Obs.: Foto principal: Reprodução/Internet

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