Há um ano, comecei a trabalhar no Comércio e preciso confessar uma certa ignorância: antes eu só conhecia as suas três principais avenidas: a Rua Miguel Calmon e a Av. Estados Unidos (que vão no sentido Bonocô) e a Av. da França (que vai no sentido Av. Contorno). Eu até sabia que tinhas mais ruas ali “por trás”, mas não imagina que justo nessas ruas se concentrava o maior tesouro do Comércio: uma miscelânea arquitetônica, com influências de ingleses, italianos, alemães (estilo modernista), franceses (estilo rococó), mouros e portugueses (estilo pombalino).





Há prédios históricos e reformados? Sim, só que em menor parte. Existem prédios mais modernos que coabitam em harmonia com os prédios seculares? Sim e, se não houver descaracterização histórica, essa mistura é muito bem-vinda! No meio dessas duas realidades, um grande número de prédios abandonados, em ruínas, prestes a desabar e sem uma perspectiva real de mudança de cenário.
















Nossas questões são complexas e o problema do Comércio não se restringe apenas o abandono dos seus casarões. O atual estado das suas vias também pede socorro. Calçadas destruídas, vias sem asfalto, lixo nas ruas, calçadas altas sem rampas de acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção, desordenamento dos ambulantes, obras inacabadas, bueiros entupidos, mendigos, falta de estacionamentos, Zonal Azul da Prefeitura complicada com os flanelinhas, etc.







Nem os prédios e monumentos públicos escapam da atual degradação que assola o bairro, como revelam uma árvore em cima do prédio da Agência Central dos Correios, o calçadão do Mercado Modelo, o antigo Elevador do Taboão, a Praça da Inglaterra e o Instituto do Cacau.





Colado ao Comércio, temos uma zona portuária de beleza soberba, porta de entrada de Salvador para quem chega de navio. É vergonhoso possuirmos tanta beleza e oferecermos aos nossos turistas um lugar abandonado e degradante. À noite, um lugar fantasma. Um espaço, atualmente, decadente mas que poderia ser tão vibrante como em nenhum outro lugar do mundo, com todos os casarões antigos do Centro Histórico de Salvador restaurados, com pessoas morando ou funcionando, em todos eles, uma infinidade de bares, restaurantes, lojas, cafés, museus, teatros, hotéis, casas de espetáculos, shows, centros culturais, etc.. etc..
O que você acha da região do Comércio e arredores? Participe, dê sua opinião. Precisamos Pensar Salvador juntos.
Depois desse post, já fizemos outros dois sobre o Comércio. Um especificamente sobre as Calçadas do Comércio e outro sobre a reforma da Igreja de São Pedro Gonçalves do Corpo Santo. Pequenas coisas aconteceram mas ainda é preciso muito mais!
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