Quantas oportunidades são desperdiçadas por não se pensar a diversidade como um ativo para as empresas e a sociedade de um modo geral? Quantas pessoas se dão conta que a opressão econômica dos descendentes africanos é um dos maiores entraves para o desenvolvimento do Brasil?
Em “Oportunidades Invisíveis”, o baiano Paulo Rogério Nunes conta a história de alguns empreendedores sociais, pessoas que criam negócios não apenas motivadas pelo lucro, mas sobretudo para tentar transformar uma realidade ou por acreditar em uma causa social. Algumas dessas histórias são a da Rádio Yandê, uma plataforma online de culturas indígenas, criada por um indígena que morou na Terra Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu (Pau Brasil, sul da Bahia); a Diaspora.Black, uma startup que oferece hospedagem compartilhada, produtos e serviços de turismo com foco na população negra; a Viajay, plataforma de turismo para o público LGBTI+, criado por um baiano; a Makeda Cosméticos, marca criada para atender as necessidades de pessoas negras, a Xongani, como foco no poder da moda afro; a Empregueafro, consultoria que abre portas a profissionais negros nas empresas, que busca vir atuar em Salvador, etc.
O livro é recheado insights e ensinamentos sobre a diversidade como um fator agregador, de inovação e bastante lucrativo, como os territórios de periferia são grandes fontes de riqueza, como empreendedores negros têm investido em projetos para preencher vazios deixados pelas grandes corporações, e a revolução silenciosa que está ocorrendo no Brasil combinando inovação e diversidade. Paulo Rogério ainda fala sobre o conceito e a ascensão do Black Money no Brasil, do Bilion Dollar Roundtable, um clube de empresas que investe 1 bilhão de dólares em negócios com diversidade, agenda de equidade, afroconsumo e o seu desprezado potencial, aumento da identidade negra, etc.
Em Salvador, ele cita importantes iniciativas: o Afro Fashion Day (que reúne cerca de 50 marcas negras); o Batekoo (festa iniciada na periferia de Salvador e se tornando um selo musical no país); Traz Favela (projeto que surgiu em hackatons, que busca ser um aplicativo de serviços delivery em favelas); a Vale do Dendê, aceleradora que busca transformar Salvador na capital da inovação criativa do Brasil; a Ocupação Afro.Futurista, evento para dar visibilidade a cena cultural contemporânea e inovadora da cidade; o La Frida Bike, coletivo de jovens negras cicloativistas. E uma importante constatação: que falta muito para o desenvolvimento do turismo afro por aqui. Só verdades!
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